terça-feira, 9 de outubro de 2012

Ditadura Democrática

Eleição Surpreendente na Venezuela

As eleições no último domingo na Venezuela surpreenderam em alguns aspectos.
Pela primeira vez o temível (adorável) presidente Hugo Chávez era ameaçado por um rival: Henrique Carpriles, um jovem político venezuelano disposto a derrubar o governo chavista e com apoio popular.
No entanto o que mais me chamou a atenção é que quando se esperava uma atitude de confronto, típica dos governos populistas, vimos, ainda no dia da votação, declarações democráticas de Chavez e Capriles, os dois agradeciam o povo e demonstravam tranquilidade em qualquer um que fosse o resultado das "modernas" urnas venezulanas.
A vitória foi justa para Hugo Chávez e se ele resistir ao câncer que lhe consome, terá em 2019 desfrutado de 20 anos seguidos no poder.
 
 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

AMERICAN WAY OF LIFE

Há exatos três anos o estilo americano tem mudado aos olhos de todo o mundo. Aquele jeito de viver invejado desde os anos de 1940 tem mexido com a cabeça de todos nós. Ao ver ontem na tela da televisão o Presidente negro de nome Árabe pedindo calma aos orgulhosos cidadãos daquela nação, me levei como num flashback aos duros e empinados discursos dos presidentes americanos brancos que o antecederam, aqueles quem além de nomes com John e Bush... tinham toda a admirirável pompa americana.

O que faltou ou sobrou àquela nação? Será que hastearam tanto a sua bandeira em seus filmes hollywoodianos majestosos e se esqueceram de colocar em suas salas a estrela de cinco pontas, o olho turco ou todas as outras técnicas de sorte ou do feng-shui oriental? Não... O que lhes faltaram foram discernimento e modéstia de perceberem que nós, o mundo, por pouco tempo iríamos aceitar ter empurrado em nosso espírito a maneira estúpida à qual eles se dispuseram a viver.

Se o célebre filme de Michael Moore estiver errado, e a Al-qaeda realmente odiar os Estados Unidos da América, todos os homens-bomba devem estar rindo e agradecendo a Alá pela escuta de suas orações, afinal estão assistindo a queda dos EUA sem gastarem nenhum dos seus homens.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Marquetando...

Marketing Político
O Marketing se tranformou em um dos quesitos básicos para a Política, principalmente durante o processo eleitoral.

No Brasil o Marketing Político começou a se destacar e ficar famoso em 2002, quando o marqueteiro Duda Mendonça conseguiu transformar a imagem do então candidato Luis Inácio Lula da Silva e elegê-lo o Presidente mais votado na história do país. Foi nesse momento em que começamos a perceber o fator marketing que foi extremamente significativo e crucial para aquela eleição.

Na história brasileira há alguns nomes de consideraveis marqueteiros que foram importantes para as mudanças políticas. No século XIX e no começo do século XX, percebemos que o Marketing era muito utilizado para os processos políticos e principalmente no que se tratava da manutenção do governo no poder. Basta atentarmos para Lourival Fontes responsável pela publicidade na Era Vargas, Fontes foi responsável pela criação da famosa Hora do Brasil que até hoje é veiculada nos rádios. Como naquele tempo o rádio era o veiculo de comunicação da grande massa, Fontes tentou "impor" aos ouvintes os feitos da Ditadura Getulista, além de criar diversos orgãos de publicidade, como o DPDC (Departamento de Propaganda e Difusão Cultural) que trazia a constante imagem de Getúlio Vargas para os brasileiros.

Na ditadura militar que começava em 1964, outro marqueteiro começou a se destacar, Coronel Octavio Costa, conhecido por muitos como o "Goebbels Brasileiro" (Em referência a Joseph Goebbels, marqueteiro do Nazismo Alemão). O coronel foi o grande marqueteiro para a manutenção da pior fase da Didatura Militar, no périodo de 1969 à 1973.

A década de noventa, nos trouxe um Marketing Político de cunho eleitoral muito forte. Nizan Guanaes, responsável pela campanha de reeleição de Fernando Henrique Cardoso, mostrou que a união da publicidade e o marketing com o candidato, era definitivo numa campanha política. Nesses novos tempos o Marketing foi mais utilizado para a campanha, do que para a manutenção do poder.

Considerado o maior Marqueteiro Político do Brasil contemporêneo, o baiano Duda Mendonça, é a grande referência nessa matéria. Duda é pubilicitário e responsável pela mudança da imagem do PT e do candidato Lula em 2002. O publcitário dá dicas sobre marketing político e afirma que toda campanha precisa de três fases: Diagnósticos, Estratégias e o Eixo fundamental. Serão essas três etapas as responsáveis pelo sucesso ou não da campanha. O uso de pesquisas qualitativas e quantitativas, jingles alegres e que emocionem o eleitor, slogas simples e com presença, uma foto bem escolhida, tudo isso deve causar impacto na população, tranzendo o novo e o diferencial.

Há uma tendência hoje, de estudos teóricos em Marketing Político, onde, inclusive Administradores estão buscando essa especialização.

Saber utilizar o Marketing Político de forma correta e sem falsidades é a meta dos bons marqueteiros. Afinal Marketing não é mágica.

"Campanha política é uma guerra e não há lugar para improvisos."
Duda Mendonça

Curiosidades
  • A maioria dos marqueteiros políticos citados são nordestinos.
  • Nizan Guanaes, além de marqueitero, é publicitário e responsável por grandes campanhas de podutos a nível nacional.
  • Guanaes foi estagiário da empresa de comunicação de Duda Mendonça.
  • Há quem diga que Lula só foi eleito em 2002, devido ao grande marketing executado por Duda Mendonça, o que mudou sua imagem para o país.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Deixando a Família de Lado


Em tempos de globalização, exclusividade é uma peça chave para quem quer ganhar espaço e obter um diferencial.

Há algum tempo ouvimos falar de pessoas que vivem único e especialmente para a empresa em que trabalham. Mas viver para a empresa, faz com que essas pessoas deixem de lado alguns itens que estão arraigados na nossa condição de sobrevivência, como a família.

As organizações, buscam soluções em seus colaboradores, têm preferência por aqueles que tem disponibilidade total e que poderão servir a marca em um tempo bem mais abrangente que as quarenta e quatro horas semanais definidas pela nossa legislação. Elas não querem problemas, muito menos pessoas submetidas a qualquer tipo de abalo emocional, pois sabem que isso atinge com precisão a motivação e como consequência a produtividade do funcionário. Pessoas casadas, com filhos, não são mais o foco. As empresas estão selecionando solteiros, sem filhos, com poucos parentes, para que modelem essa pessoa e que o compromisso dela seja exclusivamente com o seu negócio.

Por isso não é tão raro vermos hoje jovens a frente de grandes empresas, afinal são esses os que trazem a solução, a disponibilidade e principalmente a sua vida para a organização.

Felipe Moura

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Caetano Veloso

Sozinho

Há algum tempo, ou melhor, há algumas décadas, desde que começou a fazer sucesso Caetano Veloso vem criando inimizades com suas opiniões 'taxativas' e muitas vezes presunçosas pelo posto que ocupa na cultura Brasileira.
Neste final de semana na Bahia, chamou Lula de "populista" e José Serra de "idiota" e "burro". Quanto as acusações ao presidente do Brasil, não é a primeira vez. Caetano que já apoiou Lula no passado, já chegou a chamá-lo de analfabeto numa entrevista em Portugal recentemente.
Infelizmente, não é só de política que sobrevive as inimizades de Caetano, afinal o mesmo Caetano que deu de presente para Roberto Carlos as músicas "Como dois e dois" "Força Estranha" e "Muito Romântico" e recebeu do Rei o hino "Debaixo dos caracóis dos seus cabelos" foi também o que chamou Roberto de BURRO no começo dos anos 1990 quando RC se mostrou a favor da não exibição do filme Je vou Salue Marie, de Godard, no Brasil. Quatro anos depois este mesmo Caetano chama Roberto Carlos de Rei e alguns anos depois sobe no palco com ele para homenagearem os 50 anos da bossa nova. Contradições.
Quem será Caetano Veloso? Um Cantor? Um Político? Um Ativista?
Eu diria que nada disso. Apenas um polêmico que escreve músicas belissímas, mas quando parte para o campo político transforma sua imagem na de um artista solitário e sem muitos amigos.
Felipe Moura

sábado, 11 de setembro de 2010

Stratégie

Estratégias Serradas

Há algum tempo venho percebendo o quão estranha está a campanha para Presidência da República de José Serra (PSDB-DEM), ao mesmo tempo em que ele sabe que é um dos mais cotados para presidir o país nos próximos quatro anos, comete o grande equívoco de ser manipulado por marqueteiros que passam uma imagem de que ele é o último dos últimos na corrida presidencial.

Sem muitas delongas, vamos aos fatos.

As estratégias adotas pela campanha de Serra não deram certas até agora e possivelmente não vão vingar nesses últimos dias, tão próximos da eleição, afinal ele já tentou de tudo. O primeiro passo, quando entrou pra valer foi mostrar um "ar"de povo, fazendo jingle em ritmo nordestino e abrançando no programa eleitoral o presidente Lula, eis aí o primeiro tiro no pé do tucano, pois nenhum tucano de verdade aceitaria um outro do bando abraçado com um petista! A pesquisa depois disso mostrou uma queda. Partiram pra outra estratégia, dessa vez focando no "ponto fraco" da candidata Dilma Rousseff do PT, sua biográfia pública e infelizmente para Serra o marketing petista foi eficiente (como vem sendo desde 2002) e respondeu com propaganda em massa as dúvidas que tinhamos da vida pública de Dilma. Serra, por ele mesmo, deu outro tiro... Agora no outro pé. A outra estratégia está perto de levar Serra ao fim de sua última chance a concorrer ao posto máximo da democracia, a quebra de sigilo não está explicada, ora culpa de Dilma, ora do Governo, ora de um simples office boy. O partido de Serra não consegue incriminar com firmeza, não fazem com que o povo consiga acreditar nisso e se enrolam em um desespero sem fim, de ataques que ninguém entende. O marketing de Serra não percebe que a população não sabe o que é Sigilo Fiscal, muito menos Dossiê que quando é falado na TV logo se forma no imaginário popular aquele Dossiê de leite com ameixa.

Serra amputou seus pés numa opção afoita de ganhar as eleições. Apostou que em plena democracia conseguiria com as arte-manhas da opressão esconder do povo todas as outras opções.